Mãe, o porto seguro do bebé

06-10-2022

Mamã, eu sei que tens medo. 

Podes ter sido mãe agora, podes estar grávida ou podes ter filhos há algum tempo. Mas eu sei que tens medo. Todas temos. E os teus medos são todos válidos. 

Costumo dizer que educar um Ser Humano é o trabalho mais difícil do Mundo. Os bebés não vêm com manual de instruções mas, decididamente, as mães também não. 

Ouço com frequência que "tentamos sempre fazer o melhor que sabemos com as ferramentas que nos são dadas". E eu acredito nisso plenamente. Mas também sou da opinião que nós temos que criar as nossas próprias ferramentas e procurar as melhores condições para fazermos o nosso melhor.

E quando te digo isto é para te incentivar a ler bastante sobre os diversos temas que envolvem ser mãe e sobre parentalidade. Quanto mais informadas as mães estão mais facilmente conseguem tomar decisões sobre o que fazer quando o bebé nascer e quais as melhores formas relacionadas com a sua educação e sobrevivência. 

Desengana-te se pensas que quando o bebé chegar será tudo 100% instintivo. Não será e é normal. Mesmo com o máximo de informação absorvida, na prática, nem sempre corre da forma como idealizámos. 

Isto tanto serve para temas como amamentação, sono do bebé, cólicas, biberões, babywearing, fraldas ecológicas, parentalidade positiva (entre outros) como serve para tu saberes quais os teus direitos e as melhores formas de defender-te. 

Lembro-me que na gravidez me considerava uma pessoa bastante informada. A partir do momento do parto percebi que afinal poderia ter tentado procurar mais sobre alguns temas e que só o fiz num pós-parto muito difícil por necessidade urgente. 

Sofri de violência obstétrica de diversas formas e só soube o que isto era meses depois. 

Achei que amamentaria sem dor nenhuma e que já tinha aprendido tudo sobre o assunto até perceber que o meu filho não se alimentava corretamente.

E, quando me deparei, aos dois meses do meu filho, com um bebé que não adormecia de jeito nenhum além do colo e da mama, mais notei que, definitivamente, me poderia ter munido de muito mais informação ainda durante a gravidez. Teria evitado imenso cansaço, lágrimas, dores, desespero, privação de sono e, talvez até, uma depressão pós parto.

Tenho vindo a perceber nos últimos anos que a minha experiência não é muito diferente de muitas mães, embora cada uma seja muito única. A verdade é que a experiência da maternidade poderá ser vivida de muitas formas e claro que cada bebé irá condicionar também essa experiência, mas o meu papel será, sempre, dar-te todas as informações disponíveis e ajudar-te a viver a tua maternidade de forma plena e leve.

Não estás sozinha. E não precisas de fazer tudo sozinha. 

Lembra-te, sempre, que queres fazer o melhor para o teu bebé. E isso passa por tu estares bem. 

O bebé sente sempre quando a mãe está ansiosa, triste, zangada, frustrada, desesperada. Não só porque o batimento cardíaco muda mas porque a própria emoção gera um odor/suor diferente quando a mãe está em stress.

Por isso não é vergonha nenhuma pedir ajuda.

Ao contrário do que muitas mães sentem e pensam, pedir ajuda não é, de todo, um sinal de fraqueza, mas sim de força. Admitir que não estamos a ser capazes de fazer tudo sozinhas é a melhor atitude de altruísmo que podemos ter connosco e com os nossos filhos. 

O tipo de ajuda pode mudar consoante a tua situação e necessidade, claro está. Mas existem muitas opções.

Procura sempre um terapeuta que te faça sentido seja ele um psicólogo, psicoterapeuta, consultora de sono, aromaterapeuta, acupunctor, osteopata, massagista, etc. 

Tem sempre em conta que a procura de ajuda é determinante para melhorares a tua saúde física e mental. E a saúde do teu filho beneficiará sempre com uma mãe saudável e feliz. 


Nota: em casos mais severos poderás ter que pedir ajuda médica para tratamento de depressão, por exemplo. 


© 2022  Sofia Marques |  Terapeuta de Mães e Bebés
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